domingo, 23 de agosto de 2020

Filosofia/Religião - 9º ano


Atividade de Filosofia\Religião.


·         Fazer resumo  do texto abaixo.
·         Elaborar 5 perguntas e responder.


Igreja Ortodoxa

A Igreja Católica Apostólica Ortodoxa foi fruto de um desmembramento da Igreja Católica Apostólica Romana surgida após o Cisma do Oriente em 1054.
Trata-se da segunda maior comunidade cristã, reunindo cerca de 250 milhões de fiéis em todo mundo, especialmente no Oriente.
Origem da Igreja Ortodoxa

Catedral de São Basílio em Moscou é uma das mais conhecidas igrejas ortodoxas do mundo



A Igreja Ortodoxa surgiu a partir de diferenças teológicas e políticas entre os cristãos do Oriente e do Ocidente que culminaram no Cisma de 1054.
Ocidente e Oriente disputavam questões teológicas como a supremacia do Bispo de Roma sobre o clero, a questão da veneração de imagens e a procedência do Espírito Santo.
Sem chegarem a um acordo, o Papa Leão IX (1002-1054) e o Patriarca Miguel I Cerulário (1000-1059) se excomungaram mutuamente.
A partir de então, o cristianismo passa a se constituir em dois grandes grupos: a Igreja Católica Apostólica Romana, com sede em Roma e a Igreja Ortodoxa, com sede em Constantinopla (atual Istambul).
O perdão de ambas as partes só aconteceria em 25 de julho de 1967 com a visita do Patriarca Atenágoras I (1886-1972) ao Papa Paulo VI (1897-1978) ao Vaticano.
A Igreja Ortodoxa se desenvolveu no Império Bizantino e se espalhou pelo países da Europa Oriental e da Rússia.
Atualmente, os cristãos ortodoxos somam cerca de 250 milhões de fiéis em países como Bulgária, Belarus, Grécia, Chipre, Moldávia, Republica da Macedônia, Montenegro, Polônia, Rússia, Romênia, Sérvia, Ucrânia e Estados Unidos.
Significado de Ortodoxo
A palavra ortodoxo vem do grego, da junção de “orthos” que significa “reto” e “doxa” que significa “fé”. Por isso, o cristianismo ortodoxo acredita que eles sejam os únicos depositários da verdadeira fé.
Diferenças entre a Igreja Católica Romana e a Ortodoxa

Aspecto de uma celebração da Igreja Ortodoxa. Ao centro, o sacerdote celebrante.
Há várias diferenças entre as duas instituições no campo da doutrina, liturgia, hierarquia eclesiástica, etc.
Características
Romana
Ortodoxa
Doutrina
A salvação vem da fé e das obras.
A salvação vem da fé.
Vida após-morte
Existe o purgatório para aquelas almas que ainda não estão puras o suficiente para entrar no Paraíso. Também se acredita que as indulgências podem abreviar as penas no Purgatório.
Não se crê na existência do Purgatório.
Hierarquia
O Papa é o chefe visível da Igreja e é infalível em assuntos de doutrina e moral.
Cada bispo tem autonomia sobre sua igreja e não existe um líder maior ou infalível. A decisão é tomada de forma colegiada.
Sacerdócio
Acessível aos homens celibatários.
Acessível aos homens casados ou celibatários.
Liturgia
Os ritos foram mudando ao longo do tempo, especialmente após o Concílio do Vaticano II (1962-1965).
As cerimônias, salvo pequenas diferenças locais, são as mesmas desde a fundação.
Jejum
Recomenda-se não comer carne na Quaresma e em todas as sextas-feiras do ano.
Em três períodos do ano, os fiéis devem jejuar ou abster-se de certos alimentos.
Crianças
A partir do batismo e ao longo da vida, as crianças vão recebendo os sacramentos da Igreja.
A partir do batismo já recebem todos os sacramentos.
Imagens
São veneradas imagens tridimensionais como estátuas e bidimensionais, como quadros.
Depois da eclosão do movimento iconoclasta, somente a veneração aos ícones é permitida.
Veja também: Cisma do Oriente

Semelhanças entre a Igreja Católica Romana e a Ortodoxa
Há mais semelhanças que diferenças entre as duas igrejas que formaram uma só por mais de um milênio.
A principal semelhança é na crença num único Deus que mandou seu Filho, Jesus Cristo, para a salvação da humanidade. Este mesmo Deus ainda se manifesta no Espírito Santo.
Ambas igrejas rezam a mesma oração nas missas, o "Credo", onde estão resumidos os princípios da fé.
Igualmente, Maria é venerada como Mãe de Deus, e os santos e mártires também recebem homenagens dos fiéis, além de serem exemplos de vida.
O Papa Francisco é abençoado pelo Patriarca Bartolomeu I
A Bíblia é a fonte da fé, assim como a Tradição Oral e os comentários feitos pelos santos doutores da Igreja.
Observa-se o domingo e os dias santos prescritos pela Igreja, assim como são comemoradas festas como o Natal e a Páscoa.
Do mesmo modo, possuem os sacramentos como o batismo, confissão e comunhão que são considerados os canais pelas quais o fiel pode se curar e receber a graça de Deus.
Veja também: Catolicismo

Cruz Ortodoxa
Crucifixo ortodoxo
O Cristianismo ortodoxo venera uma cruz com um desenho diferente daquela que costumamos ver nas igrejas latinas.
A cruz ortodoxa tem oito braços e Jesus aparece com os dois pés feridos por cravos. Na extremidade superior, temos o lugar onde se escreveram o nome de Jesus em vários idiomas. Na inferior, podemos ver uma caveira que nos remete ao "Calvário", monte onde Cristo foi crucificado.

Igreja Ortodoxa no Brasil

No Brasil, o catolicismo ortodoxo chegou com os imigrantes poloneses, gregos, árabes, russos, ucranianos.
Assim, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, onde há maior número de descendentes dessas nacionalidades, é possível encontrar vários templos e comunidades ortodoxas.
Uma das comunidades ortodoxas mais antigas do Brasil é a de Florianópolis, fundada em 1924. Já o maior templo ortodoxo do Brasil é a Catedral Metropolitana Ortodoxa, localizada em São Paulo, cuja construção foi finalizada em 1954.